domingo, 22 de março de 2009

Locomovendo-se pelo Ecuador

Há várias formas de se chegar a Quito ou outra cidade do Ecuador. A mais simples, rápida e confortável é de forma aérea. No aeroporto de Quito, tem um guichê de informações turísticas, que dá dicas ótimas sobre hotéis e hostais, sobre preços, sobre passeios e outras coisas. E, é claro, oferecem um mapa da cidade. Para sair do aeroporto, tem transporte coletivo ou então pega-se um taxi, que até o centro da cidade, custa 10U$.
Para sair para outras cidades, como Otavalo, basta ir até o terminal terrestre, que fica bem no centro da cidade (no centro histórico) e pegar um ônibus que vai até lá. A passagem fica por volta de 1,5 U$.

Para Cuenca, é amesma coisa. Vá até o terminal que tem ônibus saindo a cada 1/2 hora.

No mais, é relaxar e aproveitar a viagem, quase sempre acompanhada de música alta. Se você não gosta de música típica, leve um tapa-ouvidos.

sexta-feira, 13 de março de 2009

MULHERES







Algo que chama a atenção no Equador é a quantidade de mulheres em trajes típicos. Elas usam saias coloridas, com barrados bordados, blusas com muitos bordados, um manto sobre o peito, que geralmente servem para carregar crianças, compras, sacolas e muitas outras coisas. Os cabelos são bem pretos e lisos e trançados com fitas. Por vezes usam meias e sapatos fechados. Levam sempre um pequeno chapéu de palha ou feltro na cabeça. Elas são vistas tanto na capital Quito, quanto nas cidades do interior e estão misturadas às mulheres que usam jeans e camisetas. Durante nossas inúmeras viagens de ônibus entre as cidades, observamos essa mesma vestimenta nas mulheres do campo. Elas pastoreiam ovelhas, cuidam do campo, negociam nas feiras e fazem todas as atividades diárias com essa mesma vestimenta. As saias (ou faldas) tem preços variados e podem ser adquiridas em lojas especializadas por preços variáveis entre U$ 30 e U$ 190. As mulheres de Otavalo usam uma vestimenta um pouco distinta. Ao invés das saias rodadas, elas usam uma saia escura formada por dois tecidos enrolados à cintura e presas com faixas coloridas. O tecido interno é geralmente mais claro e o externo é escuro.

CUENCA – ECUADOR





Cuenca é uma cidade que conserva a formosura e tranqüilidade de uma cidade antiga. Em 1999, foi considerada patrimônio cultural da humanidade. É a 3ª maior cidade do Equador e possui um maravilhoso conjunto arquitetônico. Cuenca é a produtora oficial do famoso Chapéu Panamá (sombreros). São várias fábricas que produzem chapeis de 8U$ até 800 U$. Se for adquirir um desses, faço-o nas próprias fábricas. Consegue-se um ótimo chapéu, de procedência, por 30 U$.

Não tnha receio de andar de ônibus entre as cidades. O sistema é garantido e principalmente é muito barato. Além disso, é uma maravilhosa oportunidade de ver as paisagens, as pessoas, os meios de locomoção.

As rodoviárias do Ecuador e do Peru são distintas das nossas. Geralmente as empresas tem seu próprio lugar de parar. Assim, não se assuste, se o ônibus parar em um lugar totalmente estranho e diferente daquelas paradas que estamos acostumados no Brasil. É assim mesmo e não se trata de nenhum assalto.
Por lá se ganha os clientes é no grito. Mesmo nas viagens mais longas. Os ônibus (em sua maioria) diminuem a velocidade nas pequenas cidades, e um auxiliar do motorista vai gritando os destinos do ônibus.

BAÑOS – ECUADOR



A cidade de Banõs localiza-se a 3 h ao sul de Quito, a uma altitude de 1800m, bem debaixo do vulcão Tungurahua, que está ativo. Sua ultima erupção foi em 1999, fazendo com que a cidade fosse evacuada por vários meses. Ainda hoje o vulcão apresenta atividade, porém, não há indícios de entrar em erupção imediata. Claro, que nós, como bons geólogos, conseguimos presenciar momentos de atividade do vulcão, em raros momentos em que ele fica visível. Uma verdadeira sorte. Na cidade há várias agências que oferecem vários passeios e atividades de escalada, saltos, canoagem e outros. Muitos locais para aluguel de quadriciclos, bicicletas e passeios a cavalo. Porém, pode-se fazer várias trilhas por conta própria e a pé. Uma dessas trilhas leva ao mirante da cruz, onde se tem uma bela vista da cidade e do vulcão Tungurahua. Outra maravilhosa atração são as casas de banho, com piscinas de água quente do vulcão. Associado a elas, duchas de água geladíssima. A entrada custa 1,5 U$. A dica é: entrar na água gelada, depois ir para a água super-quente (40o C), depois na água morna (25oC) e assim se faz o circuito quantas vezes se conseguir.

OS CÃES




adoro os cães, então, todos os lugares que vou, acabo sempre me encontrando com eles. No hostal de Quito, um construção de 3 andares, há 2 deles. Um mais idoso e, portanto, mais arredio. O outro, mais jovem, brincalhão e atencioso. Chama-se Beto e me fez companhia em vários momentos. Em Baños, também encontrei o cão do Hostal. Esse, idoso, mas muito atencioso. Visitava-me no quarto, na recepção e no jardim. Esse é o Petite, cão de estimação do dono do hostal. E o outro cão, eu encontrei na viagem de ônibus, de Baños a Cuenca. Um filhote adorável. Aqui no Equador, se pode viajar de ônibus com os filhotes. Eu adorei a idéia.

COMIDAS


Ao escolher nossos lugares para hospedagem, sempre damos preferência aos que possuem cozinha compartilhada, ou seja, locais onde podemos cozinhar. Geralmente dedicamos uma parte de nossa noite para cozinhar nosso jantar, tomar vinhos da casa e conversar com os outros hóspedes de diferentes lugares do mundo. Em Quito nos hospedamos no Hostal Chicago, bem perto do centro, com um atendimento maravilhoso, acesso livre a internet e uma cozinha muito aconchegante. Geralmente fazemos uma massa com carnes e verduras ou então uma sopa. Como as noites estavam bem frias, fizemos sopas e espaguete a bolonhesa. É delicioso, barato e confortável, afinal é só terminar o jantar e cair na cama para recuperar as energias gastas durante o dia inteiro de caminhada. Uma boa dica é escolher esses locais que dispõem de cozinhas compartilhadas.

MEIO DO MUNDO






Nosso dia foi dedicado a conhecer o Meio do mundo. Efetivamente o meio do mundo, uma vez que a Linha do Equador passa exatamente no parque de mesmo nome. Para chegar até lá é bem simples. Basta pegar um ônibus e ir até o terminal depois do aeroporto (0,25U$). De lá se paga um ônibus que tem escrito na frente em letras enormes: Medio Del mundo. Mais uns 30 minutos e se chega ao parque, que é imenso. Tem 4 museus, alguns dos quais com acesso livre e outros pagos. O acesso ao parque custa U$ 2,0 e dá acesso a vários museus. Tem um insectário, com uma exposição magnífica de insetos vivos e também empalhados. Pode-se tirar uma foto com o maior escaravelho do mundo. O museu etnográfico é extremamente didático e foi construído em uma torre com 4 andares, exatamente sobre a linha que separa o mundo em dois hemisférios: norte e sul. Tiramos a clássica foto, com um pé no Norte do mundo e outro no Sul do mundo. Claro que não se pode perder a oportunidade de visitar o planetário. No parque há muitos restaurantes, lojas de artesanato, correio, uma praça de touros e ocorrem, ao longo do dia, vários shows característicos do país.

O presidente



A cidade de Quito é muito bonita, organizada e com um clima muito bom. Exceto pela alta altitude, que para nós que vivemos a beira mar, pode causar certo desconforto, a cidade é muito atraente. Pode-se conhecer todo o centro histórico, a pé, sem problemas. A dica é caminhar tranquilamente, devagar e tomar chá de coca. Os taxis são muito baratos, os ônibus são pontuais e também bastante acessíveis. Para quem chega de avião, um taxi até o centro fica por volta de 10U$. Para aqueles que usam o terminal de ônibus, a dica é usar os ônibus urbanos, que têm parada no terminal.
Tivemos uma grande sorte, pois em uma das nossas caminhadas, presenciamos uma atividade pública do presidente da república – Rafael Correa - que saiu no balcão do palácio presidencial, na praça da independência. Havia muitos nativos misturados aos inúmeros turistas e uma festa, com cavalos bem enfeitados, toques de tambores e acenos do presidente. Rafael é candidato à reeleição e usa muito bem seu carisma pessoal para recolher votos.

sábado, 7 de março de 2009

Otavalo



No dia seguinte fomos passar o dia em Otavalo. Um cidade que fica em uma das regiões mais bonitas da serra equatoriana. Distante 90 km de Quito, tem uma feira aos sábados que é uma das maiores do Equador. Muito impressionante a quantidade de pessoas circulando pelas ruas. Mais impressionante é a quantidade de material importado da China, junto com os produtos artesanais. Várias bancas com tênis, capas para celulares, casacos de material sintético. Mas, o artesanato é magnífico e caminhar entre os nativos, principalmente as nativas, com suas roupas maravilhosas, seus cabelos negros trançados com fitas, seus filhos levados às suas costas. Muito lindo.

Quito



No dia seguinte voamos para Quito. Uma cidade linda, com um centro histórico belíssimo. Quito foi a primeira cidade das Américas a ser considerada patrimônio cultural da humanidade, pela UNESCO em 1978. Chegamos e já sentimos o resultado da altitude, pois a cidade está a 2850 m de altitude. Mas nada que nos impedisse de andar pelo centro histórico.

As linhas de Nazca



Retornamos e tomamos outro ônibus para Nazca, passando por Ica. Em Nazca há várias agências que oferecem o serviço de sobrevôo nas linhas e os valores são por volta de 65U$ por pessoa, incluindo o transfer rodoviária ou hotel – aeroporto e retorno. O vôo dura por volta de 35 minutos. Se você tem estômago fraco, esqueça, pois perderá seu tempo e dinheiro. Os aviões são minúsculos e cabem de 3 a 4 passageiros, exceto o piloto. O barulho é infernal. Mas a vista é magnífica.

Ilhas




A segunda parada já foi nas ilhas. Um impressionante aglomeração de aves: pelicanos, cormoranes, entre outros. Também pingüins, e dezenas de leões-marinhos com seus filhotes. Uma maravilha. São várias ilhas, cobertas de guano. Ficamos extasiados com a quantidade e diversidade de aves e a quantidade de pingüins. As Ilhas Ballestas são o refúgio dos leões marinhos que ali se reproduzem. Estima-se que existem hoje 37.000 leões marinhos vivendo nas ilhas. As ilhas possuem belas formações rochosas e é o recanto de milhares de aves. É proibido desembarcar nas ilhas e todo o passeio é feito na lancha. Os locais mais altos são muito disputados por milhares de pássaros de diversas espécies: pelicanos, albatrozes, gaivotas, pinguins e etc.

Candelabro


O primeiro ponto que paramos foi no candelabro. Uma enorme figura inscrita nas dunas que circundam a baia de Paracas. A figura é parecida com as linhas de Nazca. Essa é uma região extremamente seca, com índice pluviométrico por volta de 1,6 mm ao ano (de acordo com dados do guia). Essa condição climática auxilia na preservação da figura.

Paracas e Nazca


No dia seguinte fomos fazer dois passeios interessantíssimos: conhecer as ilhas baleñas, em Paracas e sobrevoar as linhas de Nazca.
Pegamos um ônibus em Lima, no terminal Cruz Del Sur, que vai até Nazca. O ônibus é extremamente confortável, com serviço de bordo e poltronas reclináveis. Nossa primeira parada foi na pequena cidade de Paracas, que nem aparece na maioria dos mapas, mas que tem uma das melhores atrações que vimos. A cidade oferece várias opções de passeios às ilhas, que tem uma duração de 1 a 2 horas. Os preços são pouco varáveis e o passeio é o mesmo em todas elas, por isso não vale a pena sair pesquisando.
Optamos pelo passeio oferecido no local onde o ônibus parou, e de onde o tomaríamos novamente, daí a umas 3 horas, rumo a Nazca. O dia estava belíssimo e embarcamos em uma lancha, sem cobertura, com capacidade para 22 pessoas.


No dia seguinte continuamos nossa visita pelo centro da cidade e de tarde fomos para Miraflores, ver o sol se pôr no mar. As praias são muito bonitas, com a areia bem diferente das nossas: são areias formadas por enormes seixos de rochas vulcânicas e plutônicas.

Viagem ao Peru e Equador



Estamos novamente circulando. Desta vez optamos por conhecer o Equador e retornar ao Peru. Fizemos nossas reservas de vôos e hospedagem pela internet.
Chegamos a Lima no meio da tarde. Ficamos hospedados no Hotel San Martin, que fica de frente a praça de mesmo nome. É um hotelzinho muitíssimo agradável, com bom preço, pessoal da recepção muito amável e o melhor de tudo: perto de todas as coisas. Passamos o resto do dia andando pelo centro histórico e a noite observando a praça em frente ao hotel.