Frankfurt seria somente uma passagem em nossa viagem, mas depois optamos por ficar mais um dia e quando fomos modificar nossa reserva, já não havia mais vaga e tivemos de mudar de hotel. Mas, escolhemos um em frente a estação central, de forma que não haveria necessidade de pegar taxi. Deixamos as malas na recepção do hotel para pegar mais tarde e fomos bater pernas. Já fomos direto para um dos cartões postais da cidade (Romerberg – Ostzeile) que tem maravilhosas casas com vigas de madeira, que foi reconstruído em 1986, com base me plantas originais.
Ao lado leste da praça está localizado um conjunto de 6 casas estilo enxaimel, conhecidas como o Ostzeile. As construções originais eram do século XV, XVI e XVII. O Ostzeile foi reconstruída após a Guerra somente em 1983, seguindo os modelos históricos.
O conjunto é magnífico e se não fosse pelas dezenas de bares que lotam o local, poderíamos fazer lindas fotografias. O dia amanheceu com sol, mas pelo meio da manha começou uma chuva fina e fria e nos pegou sem sombrinhas. Mas, mesmo assim, continuamos nosso passeio. Assistimos a uma saída de um casamento, sem o ritual que estamos acostumados no Brasil. A noiva saiu com o noivo, e na porta da igreja, os convidados os receberam com champanhe e ficaram por ali mesmo, bebendo, fazendo fotos e comemorando.
No mesmo espaço encontra-se a câmara municipal, também um belo prédio com frontões escalonados e que abriga a câmara municipal desde 1405. É composto de três casas que datam do século XV ao XVIII, em estilo gótico. O edifício central é conhecido como "Zum Römer" (= dos romanos), referindo-se aos assentamentos romanos que aqui existiram muito antes da fundação da cidade de Frankfurt. O edifício à esquerda é conhecido como Alt-Limpurg e o da direita é chamado de Lowenstein.
Romer
A catedral imperial é maravilhosa e foi consagrada em 1239 a São Bartolomeu. Esta catedral era o local onde se escolhiam os reis do santo império romano e recebeu 10 coroações de imperadores. Próximo dali tem a igreja de São Paulo, também muito bonita. A frente da catedral estava em reforma e seu acesso estva bem limitado e claro, as fotografias ficaram comprometidas.
Atravessamos a ponte sobre o lindo Rio Meno e fomos para a rua dos museus (museumsufer), que é uma avenida muito arborizada com inúmeros museus, que mostram desde o artesanato, pintura, arquitetura, entre outros.
A ponte sobre o rio é cheia de cadeados. De acordo com a lenda, os casais colocam um cadeado na ponte com as iniciais de seus nomes e jogam a chave dentro do rio e assim, perpetuam seu amor. Sei lá se funciona, mas a quantidade de cadeados é enorme e pode ser vista em vários lugares da Europa.
As construções são belíssimas, mas estavam ofuscadas por uma feira de usados. Centenas de barracas vendendo de tudo: roupas, sapatos, sombrinhas, brinquedos, coisas para cozinha, bicicletas e outras dezenas de itens. A maioria dos vendedores é de origem indiana ou árabe. A chuva apertou, mas as pessoas continuaram ali escolhendo roupas, chapéus, sombrinhas, panelas...Mas esta feira só acontece nos sábados e depois do almoço, já estava tudo limpo e sem sinal de tanta confusão.
Almoçamos em um restaurante típico, mas acabamos caindo no trivial: caldo de batatas com linguiça, carne de boi, batatas, aspargos e salada, acompanhados por um vinho da casa.
Uma cena triste e bonita ao mesmo tempo, uma senhora pedindo ajuda na rua, com chuva e frio, mas acompanhada de seu fiel companheiro. Como eu adoro cães, esta cena me comoveu.
A cidade de Frankfurt é maravilhosa e merece mais dias para ser apreciada e visitada. Infelizmente nosso tempo ai foi bem curto e só pudemos fazer o mínimo possível. Mas fica a vontade de voltar e aproveitar mais esta bela cidade com seu maravilhoso rio serpenteando pela cidade, seu entrelaçamento entre o antigo e o novo, sua gente simpática e bonita e suas histórias.