segunda-feira, 13 de maio de 2013

A exposição de Van Gogh







Sou totalmente suspeita para falar de Van Gogh, pois eu simplesmente o adoro. Gosto das obras dele, da historia de sua vida e tudo que se relaciona a este artista singular me atraem. Chegar a Amsterdã e ver uma exposição sobre o artista que levou anos para ser gestada, depois de vários meses com o museu fechado, foi um presente. 
Para chegar ao museu basta pegar o transporte que passa pela avenida que sai de frente da estação central.Tem vários ônibus que passam em frente ao Museu.

Caminhando por Amsterdã

Amsterdã é uma cidade para ser vista e curtida a pé ou então de bicicleta. Eu gosto mesmo é de caminhar pela cidade, olhar as janelas, os becos, os detalhes do dia a dia das pessoas que vivem no lugar. Reparar onde é colocado o lixo, como as pessoas se organizam em seu espaço. Adoro olhar pelas janelas e observar os interiores. Faz parte de meu espirito investigador e curioso. Assim, munidos de um bom mapa, permitam-se perderem pelas ruelas e canias da cidade. É maravilhoso. Há muito o que se ver, fotografar, registrar nas lembranças. Afinal, nem sei se voltarei um dia a esta cidade. Claro que vontade não me falta, mas há tanto lugar neste mundo para eu visitar que não sei se esta minha vida terrena me possibilitará. 
Abaixo, algumas imagens que registramos em nossas andanças pela cidade









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sábado, 11 de maio de 2013

As tulipas

Além das prostitutas e da canabis, Amsterdam também leva o titulo de cidade das tulipas. Mas, em poucos lugares na cidade é possivel vê-las. Os mercados e casas de flores tem tulipas de muitas cores, mas nada como vê-las no campo, em sua plenitude, seu cheiro maravilhoso. E para ver a tulipas é preciso escolher a estação certa: a primavera, de meados de março até meados a final de maio. Fora desta época não se pode ver os campos de tulipas. E o melhor local para vê-las é no parque Keukenhof que fica próximo a cidade. É bem fácil chegar até lá. Você pode alugar um carro e ir até a cidade de Lisse. Ou, você pega o trem até o aeroporto (da estação central até lá, são 3 paradas). Ali você vai encontrar indicações para o parque Keukenhof. Compra o tiquete que dá direito a entrada no parque e transporte de ida e volta até o parque (cerca de 15 minutos). O ônibus sai da lateral do aeroporto e tem dezenas de pessoas para ir. No horario de pico saem 5 a 6 ônibus, um atrás do outro. 

O ônibus pára na porta do parque. No caminho é possivel observar váras plantações de tulipas, mas o magnífico realmente está no parque e apesar da imensa quantidade de pessoas, afinal o parque só abre 2 meses por ano, ainda assim é possivel caminhar tranquilamente pelo parque, sentir o aroma adocicado das flores, tirar muitas fotografias e observar as inúmeras variedades de tulipas. 

É um espetáculo unico. Caminhar no meio de dezenas de especies de tulipas, com cores e desenhos diferentes, muito bem cuidadas e organizadas. E o melhor é ver o entorno do parque com suas fazendas e plantação de tulipas. Imperdível.

Mas se você não conseguir ir na primavera, ainda resta a possibilidade de ver o museu das tulipas, bem em frente a casa de Anne Frank. 

Melhor que ler sobre as tulipas é ver as imagens. 














sexta-feira, 10 de maio de 2013

AMSTERDAM - HOLANDA

O BAIRRO DA LUZ VERMELHA E A CANABIS

Quando a gente fala que está indo para Amsterdam, a primeira coisa que nos alertam é sobre uma cidade com muita maconha e prostituição a vontade. Não é bem assim. Na verdade a cidade é muito mais que isto. A prostituição é liberada e reconhecida como uma profissão e a maconha é também liberada, mas somente em alguns cafés identificados como "coffeshops". Ai você pode compar a erva e fumar a vontade. Mas não é permitido fumar nas ruas e a maioria dos hotéis não permite o uso da erva em seu interior, nem mesmo nos quartos. Porém, na maioria dos lugares em que passamos o cheiro da erva estava no ar. No primeiro dia é até agradável o cheiro da erva, mas depois vai ficando abusivo, pois é muito forte e as pessoas fazem uso da erva no meio da rua, na maior tranquilidade.
Contrariamente o que se pensa de prostituição e uso de drogas, a cidade é muito tranquila, respeitosa.
Quanto a prostituição devo reconhecer que fiquei  decepcionada, pois esperei ver mulheres estonteantes, esculturais...não foi bem assim. Claro que o ideal é um post de um homem, pois nós mulheres, somos muito exigentes. Mas as mulheres são tão normais, magras, com lingerie que usamos, sem plumas, paetês, saltos magníficos, cabelos armados...algumas delas bem moças. Abaixo uma imagem que tirei da internet, de algum corajoso que conseguiu fotografá-las.  
Fonte: velhacaracoleta.blogspot.com

Em duas janelas vi duas mulheresem gorduchas, com lingerie adaptada para seus tamanhos. Andamos de um lado ao outro e elas ficam bem tranquilas, sem assediar nossos parceiros. Tive muita vontade de fazer umas fotos, mas há sempre seguranças pelo local e as imagens são proibidas. Fiz duas fotografias do canal bem discretamente, só para registrar mesmo.

 Bairro da Luz vermelha
Mas o bairro é belissimo e elas ficam em casas com imensas janelas e se sentam ou dançam em pé, por vezes fazem caras e bocas. Só vi pararem em frente a elas, os indianos que param e olham ostensivamente. Na maioria das vezes há bandos de homens (quatro a cinco) em pé e olhando as mulheres que se exibem do outro lado do canal. Muito tranquilo, dá para ir sem problema nenhum, aliás, acho que é passeio imperdível, nem que seja para desconstruir o mito das prostitutas de Amesterdã, em suas vitrines como bonecas do sexo.

A CIDADE DAS BICICLETAS

A cidade é considerada a mais amiga das bicicletas do mundo, com uma estimativa de 800.000 bicicletas para 750.000 habitantes. Em todas as ruas há estacionamentos para elas e há várias garagens com dezenas delas. Em quase toda ponte há dezenas delas estacionadas. As ciclovias são bem organizadas e todos andam de bicicleta: jovens, idosos, crianças, mulheres de salto, com tênis...enfim, não há distinção. De acordo com dados da cidade, há mais de 400km de ciclovias em Amsterdã. Não tive muita coragem para me aventurar nesta empreitada, preferi caminhar a pé e ver os outros andarem em suas bicicletas. As fotos falam por si.









DE FRANKFURT A AMSTERDAM

Resolvemos viajar de trem para deslocar de uma cidade a outra. Compramos o “Eurail Pass”, que vale por 15 dias e com direito a ir em até 5 países. O valor fica bem abaixo daquele que pagaríamos se fossemos comprar os tíquetes individuais. Compramos na estação de Frankfurt e pode ser pago no cartão.
Assim embarcamos no trem rumo a Amsterdam. Importante lembrar que tem de validar o bilhete na primeira viagem e depois é só embarcar. Compramos bilhetes da primeira classe, mas a segunda classe é tão confortável que viajamos nela, achando que era a primeira classe e só fomos descobrir isto na viagem de retorno a Frankfurt. São detalhes que só aprendemos nos blogs de quem já vivenciou ou então, vivenciando. Outro detalhe importante: a viagem tem escalas. Ou seja, no meio do caminho tivemos de trocar de trem. Ficamos sem saber, pois o sistema de som não é muito adequado e o inglês dos alemães não é muito bom. Por sorte, somo pessoas simpáticas e uma senhora que se sentou próximo a nós, deve ter percebido nossa falta de experiência e ao chegar na dita estação, nos orientou sobre o que fazer e o melhor? Deu as explicações em espanhol. O tempo é curto para trocar de trem e tivemos de passar de uma faixa para outra, o que envolveu subir as escadas, atravessar a estação e descer do outro lado. Nada traumático, levando em consideração que viajamos com pouca bagagem e somos ágeis.
Nossa bagagem para 17 dias

 
A viagem de trem é muito tranquila, dá para a gente descansar bastante e a paisagem nas amplas janelas é de tirar o fôlego. Vemos muitas paisagens que jamais veríamos se estivéssemos viajando de avião. Vale muito a pena investir nos trens. Alem do mais, a maioria das estações centrais são bem nos centros das cidades o que facilita ainda mais a locomoção de entrada e saída nos hotéis.

 paisagem da janela do trem



Ficamos em um hotel super charmoso bem perto da estação central, mas optamos por pegar um taxi, pelo qual pagamos 5 euros. O hotel é maravilhoso: Convent Hotel Amsterdam, que ocupa um edifício histórico, que foi um mosteiro no século XIII. A parada de bonde fica a apenas 120 m, enquanto a Estação Central de Amsterdam está a 550 m, fornecendo conexões de bonde, ônibus e metrô para toda a cidade. É possível chegar à Casa de Anne Frank em 10 minutos a pé.


Interior do hotel

Sempre ouvimos de outros viajantes e nos blogs que os hotéis em Amsterdam são minúsculos, com muitas escadas, banheiros minúsculos. Eu já estava preocupada, mas demos sorte. Nosso hotel foi maravilhoso. O apartamento enorme, com uma cama de casal maravilhosa, mesa com cadeiras, ou seja, bem espaçoso. O banheiro também espetacular, muito bem decorado. O salão do café da manha é muito bem decorado e o serviço impecável, com uma grande variedade de pães e queijos.




No mesmo dia da chegada saímos para fazer o reconhecimento da área e a cidade estava uma loucura, pois o time local havia jogado e as pessoas estavam em polvorosa, muita bebida, cantoria, dezenas de pessoas nas ruas, homens jovens bêbados cantando o hino do time. As ruas estavam lotadas, pois era um domingo de primavera, com um maravilhoso dia de sol. A acolhida não poderia ter sido melhor.



quinta-feira, 9 de maio de 2013

1 DIA EM FRANKFURT

Frankfurt seria somente uma passagem em nossa viagem, mas depois optamos por ficar mais um dia e quando fomos modificar nossa reserva, já não havia mais vaga e tivemos de mudar de hotel. Mas, escolhemos um em frente a estação central, de forma que não haveria necessidade de pegar taxi. Deixamos as malas na recepção do hotel para pegar mais tarde e fomos bater pernas. Já fomos direto para um dos cartões postais da cidade (Romerberg – Ostzeile) que tem maravilhosas casas com vigas de madeira, que foi reconstruído em 1986, com base me plantas originais.

 Ao lado leste da praça  está localizado um conjunto de 6 casas estilo enxaimel, conhecidas como o Ostzeile. As construções originais eram do século XV, XVI e XVII. O Ostzeile foi reconstruída após a Guerra somente em 1983, seguindo os modelos históricos.



O conjunto é magnífico e se não fosse pelas dezenas de bares que lotam o local, poderíamos fazer lindas fotografias. O dia amanheceu com sol, mas pelo meio da manha começou uma chuva fina e fria e nos pegou sem sombrinhas. Mas, mesmo assim, continuamos nosso passeio. Assistimos a uma saída de um casamento, sem o ritual que estamos acostumados no Brasil. A noiva saiu com o noivo, e na porta da igreja, os convidados os receberam com champanhe e ficaram por ali mesmo, bebendo, fazendo fotos e comemorando.

No mesmo espaço encontra-se a câmara municipal, também um belo prédio com frontões escalonados e que abriga a câmara municipal desde 1405. É composto de três casas que datam do século XV ao XVIII, em estilo gótico. O edifício central é conhecido como "Zum Römer" (= dos romanos), referindo-se aos assentamentos romanos que aqui existiram muito antes da fundação da cidade de Frankfurt. O edifício à esquerda é conhecido como Alt-Limpurg e o da direita é chamado de Lowenstein.
 Romer



A catedral imperial é maravilhosa e foi consagrada em 1239 a São Bartolomeu. Esta catedral era o local onde se escolhiam os reis do santo império romano e recebeu 10 coroações de imperadores. Próximo dali tem a igreja de São Paulo, também muito bonita. A frente da catedral estava em reforma e seu acesso estva bem limitado e claro, as fotografias ficaram comprometidas.


Atravessamos a ponte sobre o lindo Rio Meno e fomos para a rua dos museus (museumsufer), que é uma avenida muito arborizada com inúmeros museus, que mostram desde o artesanato, pintura, arquitetura, entre outros.
A ponte  sobre o rio é cheia de cadeados.  De acordo com a lenda, os casais colocam um cadeado na ponte com as iniciais de seus nomes e jogam a chave dentro do rio e assim, perpetuam seu amor. Sei lá se funciona, mas a quantidade de cadeados é enorme e pode ser vista em vários lugares da Europa.




As construções são belíssimas, mas estavam ofuscadas por uma feira de usados. Centenas de barracas vendendo de tudo: roupas, sapatos, sombrinhas, brinquedos, coisas para cozinha, bicicletas e outras dezenas de itens. A maioria dos vendedores é de origem indiana ou árabe. A chuva apertou, mas as pessoas continuaram ali escolhendo roupas, chapéus, sombrinhas, panelas...Mas esta feira só acontece nos sábados e depois do almoço, já estava tudo limpo e sem sinal de tanta confusão.



Almoçamos em um restaurante típico, mas acabamos caindo no trivial: caldo de batatas com linguiça, carne de boi, batatas, aspargos e salada, acompanhados por um vinho da casa.


Uma cena triste e bonita ao mesmo tempo, uma senhora pedindo ajuda na rua, com chuva e frio, mas acompanhada de seu fiel companheiro. Como eu adoro cães, esta cena me comoveu.

A cidade de Frankfurt é maravilhosa e merece mais dias para ser apreciada e visitada. Infelizmente nosso tempo ai foi bem curto e só pudemos fazer o mínimo possível. Mas fica a vontade de voltar e aproveitar mais esta bela cidade com seu maravilhoso rio serpenteando pela cidade, seu entrelaçamento entre o antigo e o novo, sua gente simpática e bonita e suas histórias.