A cidade de Porto

Partimos para a cidade do Porto. Eu estava bastante curiosa sobre a cidade. A cidade do Porto é banhada pelo rio Douro e é a segunda maior cidade de Portugal. Chegamos ao final da tarde, e pegamos um transito horrível, com poucas indicações que pudessem nos levar ao nosso hostal. Seguimos o instinto e fomos para o centro histórico. Ali a coisa piorou. Muitas ruas estreitas, muitos carros, muitas pessoas e as indicações das placas nos deixaram mais perdidos ainda. Paramos em uma livraria e compramos o mapa da cidade. Com a ajuda da vendedora, reiniciamos nossa jornada. E nos perdemos mais ainda. Depois de vários pedidos de informações em paradas de ônibus e com os guardas, conseguimos identificar uma igreja, e a partir dela, achamos nosso caminho.

Chegamos ao hostal depois de mais de 1 hora perdidos na cidade. Conseguimos uma boa vaga para estacionar e o hostal é extremamente agradável, bem decorado e muito bem posicionado. Fica próximo a uma estação de metrô.

Vale conhecer a cidade a pé e se embrenhar pelos inúmeros becos e sinuosas ruas estreitas repletas de casas antigas, coloridas e cheias de vida, com seus varais cheios de roupas e gatos nas janelas.

Além disso, a cidade tem inúmeros museus, muitas igrejas, um comércio variado e ótimos restaurantes. O vinho da casa sempre é a melhor pedida, pois tem ótimo preço. Bons vinhos com preços entre 2 e 3 euros.

Não deixe de atravessar a Ponte Luis I, que liga Porto a Vila Nova de Gaia. É um passeio incrível e oferece uma visão maravilhosa dos dois lugares. Pode-se ir de metro ou subindo as escadarias próximas à ponte.

Coimbra

Coimbra

A cidade de Coimbra é muito bonita e segundo as fontes Afonso Henriques elegeu a íngreme cidade como sua capital em 1139, condição mantida até 1256. O estaque da cidade é a sua universidade que foi criada em 1290 pelo rei Dinis, a universidade originalmente alternou-se entre Lisboa e Coimbra, mas acabou instalada no palácio real de Coimbra em 1537. As construções mais antigas cercam o Pátio das Escolas. O núcleo histórico da cidade fica dentro de uma muralha, que em grande parte já está destruida. Vale a pena caminhar pelos becos e escadarias da cidade, descobrindo lugares lindos e construções magníficas. A cidade conta com 20 museus que possibilitam conhecer a história da cidade e muitas outras coisas. Destaque atual para o mUseu de Ciência com sua exposição interativa sobre a Luz. Vale a pena conferir.

Detalhe do Museu de Ciência

Vendedora de castanhas assadas

Leiria

Outra cidade muito bonita, com igrejas e um castelo medieval contruido com fins militares, que mais tarde serviu como residencia para o rei D. Dinis I. O castelo está em ruinas, mas na sua torre há um pequeno mas expressivo museu. A parte destinada à residencia é a mais preservada. Em contrapartida ao castelo medieval em cima de um monte, ergue-se a seus pés um magnífico e novo estádio de futebol, evidenciando que a história deve coexistir com o desenvolvimento.

Castelo de Leiria

Estádio de Leiria aos pés do Castelo.

Batalha

Batalha é uma cidade pequena, mas com uma arquitetura peculiar. Destaque para o Mosteiro da Batalha, ou de Santa Maria da Vitória. Foi erguido a mando de D. João I, em agradecimento a Virgem Maria pela vitória de uma batalha militar. Este mosteiro levou 2 séculos para ser construído (1386 a 1517), ao longo do reinado de 7 reis de Portugal. Exemplar da arquitetura gótica ou estilo manuelino. Em 2007 foi considerado patrimônio mundial pela UNESCO.

Vila de Òbidos

A vila de Óbidos fica bem próximo de Lisboa, e chegar até lá foi muito fácil, pois as estradas são muitíssimo bem sinalizadas. A cidade guarda séculos de história entre as suas muralhas e também fora das muralhas. Possui um vasto património de arquitetura religiosa. A origem da vila de Óbidos remonta ao século I, à cidade de Eburobrittium. Romanos, visigodos e árabes foram povos que marcaram sua presença por lá. O ano de 1148 marca a tomada aos mouros de Óbidos, sendo em 1210 doada por D. Afonso II à Rainha D. Urraca. O primeiro condado de Óbidos é instituído em 1636 e, sete anos mais tarde, D. João IV manda reparar novamente as muralhas. De longe a cidade (vila) já mostra sua beleza e nos deixa de boca aberta diante de tanta beleza e o inusitado de ser rodeada por uma muralha.

A Vila de Óbidos

Ficamos hospedados na Estalagem do Convento, que fica fora da muralha, mas colado a ela e que tem também uma bela história. É um local maravilhoso, com quartos muito bem decorados, a recepção é maravilhosa. O café da manha é servido em um amplo salão, com uma louça muito bonita, ricamente decorada e quitutes ótimos. Se puderem se hospedar ai, vale a pena. Visite o site: http://www.inoxnet.com/estalagemdoconvento/default.aspx?lang=0

E é claro, que encerramos nossa noite em um restaurante muito bom, chamado Muralha, Onde comemos um maravilhoso bacalhau com broa (recomendo) regado com um bom e barato vinho da casa e como entrada, queijo de cabra defumado com pão caseiro e azeitonas pretas. Um manjar dos deuses.




Óbidos a noite

Ainda em Lisboa

Segundo dia em Lisboa, o dia está chuvoso e muito frio. Tomamos um café maravilhoso: chocolate quente, torradas com manteiga e geléia de amora caseira com manteiga e chá de ervas. Depois saímos para tentar ir a Évora. Fomos para a estação Santa Apolônia, andando a pé, onde pegamos um trem até a estação Gare Oriente, que fica junto ao parque das nações. Mas não conseguimos nada que nos levasse até Évora, pois o trem que vai para lá sai às 08h15.

Dali, visitamos uma feira de livros, com ótimos autores e compramos um Gabriel Garcia Marques e um Bachelard (O espírito Cientifico). Depois andamos pelo terminal e debaixo de uma chuva fina e fria fomos até o teleférico que fica próximo ao local e fomos até o oceanário. A entrada vale 12 euros, mas vale a pena. É uma estrutura maravilhosa, com animais marinhos do mundo inteiro. Ficamos umas 3 horas ali dentro envolvidos com a vida marinha. O museu é todo sonorizado e a gente se sente realmente dentro do mar. Ao sair, nos deparamos com um sol magnífico. Pegamos o ônibus 28, que nos levou até o Mosteiro dos Jerônimos e ali, visitamos o Mosteiro, o Monumento dos Descobrimentos e a Torre de Belém, além de presenciar um magnífico por do sol, as 18 horas sobre o Rio Tejo. O que nos restava depois de um dia maravilhoso deste?



Brindar com um espetacular vinho tinto chamado Alandra, que trazia em seu rótulo os dizeres “Os aloendros da Herdade do Esporão inspiram este vinho, feito com amor e com saudade, suave e perene como a flor sem nome que todos os anos floresce em memória de um amor eterno. Alandra tinto é um vinho de cor rubi, aroma jovem com caráter frutado, na boca exibe a harmonia de frutos vermelhos e elegância dos taninos finos”. Esse foi nosso segundo dia em Portugal, na cidade de Lisboa.

Em Lisboa

Finalmente chegou a hora e embarcamos para Lisboa. Um voo direto de Natal a Lisboa, em um avião muitíssimo confortável da TAP, onde os talheres ainda são de metal e se serve vinho a vontade durante o jantar.
Chegamos em Lisboa e pegamos um ônibus ( linha 91) em frente ao terminal 1 do aeroporto, pagando 3,5 euros por pessoa (o táxi custa 21euros) e não pára nas estações. O ônibus é confortável, tem lugar para colocar as malas e as paradas são todas anunciadas por sistema de som. A última parada é no Rossio. Nosso hotel ficou na Rua dos correieiros, 300 m da parada do onibus. Um frio de lascar para quem saiu de Natal, 35 graus e caiu em Lisboa a 8 graus. Mas a cidade de Lisboa é muito acolhedora, nos sentimos nos Brasil quando chegamos aqui. Até o cheiro é caseiro.

Amanha devemos ir a Évora, patrimônio da humanidade.

Planejamento

No final de semana fechamos nosso roteiro de viagem. Passaremos dois dias em Lisboa, que já conhecemos, mas que é adorável e vale a pena rever e se reencantar com a cidade. Depois é pé no mundo. Já reservamos todos os locais onde vamos pernoitar e fizemos um roteiro escrito das pernoites, saídas, distancias entre os lugares, locais a visitar.
O planejamento da viagem é muito importante, pois facilita e economiza nosso tempo.
Certamente é bom sair na louca e arrumar tudo pelo caminho, mas o risco de meter os pés pelas mãos é maior.
Se vamos de peito aberto para a viagem, e com o propósito de aproveitar então tudo flui , pois o campo vibracional que criamos ao nosso redor vai atrair sentimentos e pessoas com o mesmo campo.
A ansiedade está aumentando bastante e não vejo a hora de colocar o pé na estrada.

Hospedagem

Há dois dias faço pesquisa de lugares para hospedar. Como de praxe, nossa opção é pelos albergues. Primeiro pelo preço, depois pela possibilidade de conhecer pessoas e finalmente pela cozinha. Adoro cozinhar quando estou viajando. Provar as carnes, verduras, legumes, os aspargos frescos dourados em uma manteiga, os cogumelos enormes e outras delícias.
Mas o melhor da cozinha é a interação com os outros hospedes. Sempre rola uma conversa legal e troca de informações.
Desta vez, estamos optando pelos hotéis, que estão com os preços bem similares aos albergues. Estamos usando os dois sites: http://www.hostelsclub.com - http://www.booking.com.

Preparação

Estamos a todo vapor nas preparações de nossa viagem. É uma sensação maravilhosa, que só a queles que experimentam são capazes de entender. Alain de Botton (2003, p.17), em seu livro "A arte de Viajar" expressa bem essa sensação quando diz "Se nossa vida fosse dominada por uma busca da felicidade, talvez poucas atividades fossem tão reveladoras da dinâmica dessa demanada - em todo o seu ardor e seus paradoxos - como nosas viagens".
Pois é assim que me sinto quando estou me preparando para viajar. Pode ser para qualquer lugar. Acho que é minha alma cigana que clama pela estrada.

Portugal em 15 dias

Estamos nos preparando para outra jornada pelas estradas. Depois de quase um ano sem viajar para lugares mais longe, cá estamos nós, de alma aberta para conhecer novas paragens. Vamos para Portugal, conhecer um pouco além de Lisboa e as cidades mais próximas. Desta vez queremos viajar de carro. Nossa passagem está comprada. Agora são os preparativos para aluguel de carro, hospedagem e roteiro cultural.